juno, like the goddess


Juno (Juno, 2007) 
Direção: Jason Reitman 
Roteiro: Diablo Cody 
Elenco
Ellen Page … Juno MacGuff 
Michael Cera … Paulie Bleeker 
Jennifer Garner … Vanessa Loring 
Jason Bateman … Mark Loring 
Allison Janney … Bren MacGuff 
J.K. Simmons … Mac MacGuff 
Olivia Thirlby … Leah  

Um pouquinho de informação: Juno ou Juno Lucina também pode ser encontrada na mitoligia grega como a deusa Hera, esposa de Júpiter/Zeus e rainha dos deuses. Figura conhecida como forte e muito ciumenta, passava boa parte de seu tempo se vingando de seu marido por sua infidelidade das mais variadas formas possíveis. Uma figurinha difícil de se lidar.

Mas agora falarei de uma Juno diferente… É hora de falar um pouco do filme “indie” do ano, que concorreu ao Oscar e levou para casa o prêmio de “Melhor Roteiro Adaptado” escrito por Diablo Cody.

A identificação entre eu e esta Juno aconteceu logo de cara, algo como uma luva feita para uma certa mão… Nunca passei por gravidez na adolescência, por isso digo que o meu ponto vai além. Me refiro ao sentimento de não ser aquela garota convencional, com a família “normal”, e a história de vida “linear”, isto é, o tipo de gente que aparece em propaganda de margarina. Sem desmerecer a imagem que pessoas passam nos comerciais de Qualy, mas é que não sei se me conhecendo eu caberia naquilo. Anyway, como já falei aqui algumas vezes pastei por não me sentir normal durante anos, mas acho que descobri na hora certa que sei ser feliz sendo a menininha estranha do colégio, ligada/fissurada em música,  um tanto peculiar, para não dizer esquisitinha e assim por diante

Mil coisas estão passando pela minha cabeça, mas nenhuma é objetiva o bastante para “resenhar” o filme. Acho que preciso ver de novo para conseguir colocar em palavras meus reais sentimentos por ele. E quem sabe ver de novo, e de novo… Bom, provavelmente será um novo True Lies ou Procurando Nemo, filmes que toda vez que passam na televisão eu tenho que parar para assistir. Que em comum tem algo que me diverte, independente do fato de ser ação ou “infantil”.

Doçura com verdade, pitadas de fantasia, linda fotografia, atuações mais que convincentes – mesmo Jennifer Garner, com quem tenho um pézinho atrás – parecem ser ingredientes que rendem bons filmes! E Juno, na minha singela opinião, é um desses!!!

Juno: I think I’m in love with you. 
Bleeker: You mean as friends?
Juno: No… I mean for real. ‘Cause you’re, like, the coolest person I’ve ever met, and you don’t even have to try, you know…
Bleeker: I try really hard, actually.

so sweet 

imagens retiradas da Internet

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Clipe tirado da trilha sonora do filme
Michael Cera and Ellen Page – “Anyone Else But You”
 

letra aqui

rocket science

Rocket Science (Rocket Science, 2007)
Direção: Jeffrey Blitz
Roteiro: Jeffrey Blitz
Elenco:
Reece Thompson …  Hal Hefner
Vincent Piazza …  Earl Hefner
Nicholas D’Agosto …  Ben Wekselbaum
Anna Kendrick …  Ginny Ryerson
Margo Martindale …  Coach Lumbly

 

E depois de um bom tempo, não é que algo bom aparece na televisão. Durante uma propaganda o filme tinha chamado a minha atenção, o bastante para eu colocar um aviso no celular. Quando os planos de sábado à noite se desfizeram, já haviam se passado 15 minutos, mesmo assim dei uma chance à Rocket Science.  

Ainda não vi Juno. O filme está lá em casa esperando para que eu tome coragem – a preguiça de expulsar todo mundo da frente da televisão é grande – mas pelo que ouvi, os trailer que assisti, a trilha que escutei, Rocket Science, mesmo sendo uma história diferente gira em torno da mesma fórmula. Situações que acontecem com adolescentes, divididas em estações do ano, com um clima leve, onde o drama e o bom humor se unem para contar uma história singela.

E é isso! Inspirado em suas experiências quando adolescente, o diretor Jeffrey Blitz criou a história que se passa em Plainsboro, em New Jersey, Estados Unidos. Tendo Hal Hefner como personagem principal. Hal tem 15 anos de idade, é um garoto tímido, que sofre de gagueira e por isso não consegue pedir pizza na hora do almoço. Em casa as coisas também não parecem muito melhor, já que seus pais estão se divorciando e seu irmão mais velho, Earl é obsessivo-compulsivo e cleptomaníaco. As coisas mudam na vida de Hal quando, Ginny Ryerson, membro do time de debate da escola, o convida para entrar no time. Hal, mesmo desacreditado do convite acaba aceitando algum tempo depois. 

Não consigo contar mais sem estragar o filme. Eu aviso, o filme tem seus momentos de “vergonha alheia” quando você não quer fazer mais nada além de se esconder do mundo por conta de algo que está acontecendo com um dos personagens, mas acho que ele vale a pena. Faça que nem eu fiz, dê uma chance à Rocket Science é diversão na certa. Rolou uma curiosidade? Então assiste ao trailer lá em baixo.

Rocket Science foi indicado à algumas premiações como o Independent Spirit Award, mas levou para casa apenas um prêmio, o de “Melhor Direção Dramática” no Sundance Film Festival. E uma ressalva, atuação de Reece Thompson… ótima. Ele, mesmo com 19 anos, consegue dar vida a Hal, de apenas 15. Além da gagueira, o desafio foi conseguir imitar um adolescente, que passa por mudanças como na época em que a voz entra no limbo, entre criança e homem. E mostra profundidade até nos momentos nos quais não fala/consegue falar.

créditos: fotos divulgação